segunda-feira, 22 de junho de 2009

Filósofo

Escondido ele pensa,
Um outro mundo, uma outra vida.
Esmagado pelas burocracias,
Perdido e sozinho na caverna...

Seus amigos morreram,
E agora são eternos
Nas páginas amassadas
Que apressadamente devora.

Sua fome é insaciável,
Mas, bem menor que a do mundo.
Boca enorme, engolindo as oferendas,
Pessoas, sonhos, esperanças, ideias, ideais...

Tem medo do povo,
Tem horror a sua cultura.
São parceiros desconhecidos,
São amigos ocultos.

Pouco sabe o escondido,
Que só se libertará
Se a mão do pobre
Ele segurar...

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