segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Lágrima
na chuva caída.
à todas semelhante, igual
e até parecendo normal.
sou uma lágrima
na chuva caída
Mas, sou diferente, em essência.
Pois, não compartilho sua demência.
Todas as gotas de chuva
viagens querem fazer.
Ao rio, às nuvens, ao mar.
Disso tudo fugi.
Todas as gotas de chuva
O mundo anseiam conhecer
Selvas, ilhas e vulcões desbravar.
Esquecer a beleza que tem em si.
quanto a mim, digo:
"Sou uma lágrima louca, revoltada
Justamente por não comparilhar a demência
Que todas as gotas têm!"
A grande tragédia, caro amigo...
É que existem outras como eu, lágrima chorada,
Porém, renderam-se a aparência
São lágrimas ou gotas somente quando lhes convém.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Gritam as estátuas
E chora o chafariz.
Por quê?
Talvez a violência...
Talvez o descaso...
Seres humanos,
Seres de protestação.
Xadrez de convicções.
N'um tabuleiro santo.
Com benção do Papa.
Podemos bater a vontade.
São seres humanos?
São miseráveis?
São indíos?
São santos?
Não sei se estátuas e chafarizes choram...
Seria por causa do gás lacrimogênio?
Ou por serem as únicas, em meio a essa guerra,
Que apesar do bronze tem corações que amam?
Tristes testemunhas inertes de nossas falhas.
domingo, 5 de outubro de 2008
Como um Rio Infinito
São Todas as Impressionantes Alegorias
Na minha Estadia nesse mundo...
E
Milhares de Amores
Tão Estúpidos, quanto Úteis
Solaparam minha vidinha sem sentido.
E entre todas as coisas nesse fluxo confuso e sem fim estás tu...
Estrela polar.
Fixa, distante, guiando-me.
Não suma atrás dessa nuvem de ocupações.
Não fuja para o mar gelado do norte.
Fiques aqui para serdes adorada,
Fiques aqui para iluminar minha longa noite...
sábado, 4 de outubro de 2008
Na parada de ônibus...
Um violão cantava lamúrias
Com castelhano inconfundível.
O carro buzinava algo
Em um alemão raivoso.
Júlio de Castilhos me dava conselhos
Em um latim solene.
As bolsas fofocavamm alto
Em um inglês escandaloso...
E que dizer da medalhas que cantam
Em um chinês confuso?
E até thánatos me saúda
Com um grego sombrio.
O dia teria sido perfeito!
Teria...
Faltaram teus beijos me sussurrando promessas
Em um francês sensual...
domingo, 14 de setembro de 2008
Ortega y Gasset
Vivemos em um tempo que se sente capaz de realizar tudo, mas não sabe o que. Em um tempo que domina todas as coisas mas não é dono de si próprio. Sente-se perdido em sua própria fartura. Com mais meios, mais saber, mais técnicas do que nunca, esse tempo - o mais infeliz que já houve - avança para o... nada!”
Agora vejam o poder de síntese desse grande Paul Valéry ao dizer a mesma coisa em seu livro maus pensamentos e outros: “Deus fez tudo de nada. E, às vezes, o nada ainda aparece no meio do que ele fez”.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
domingo, 7 de setembro de 2008
sábado, 6 de setembro de 2008
Que escondem tuas verdadeiras intenções.
No coração, terremoto.
Nas pálpebrás, crepúsculo.
Dois mundos se encontram?
Se descobrem, se invadem.
Cruzada romântica, cortesias e cavalheirismos
Missões e conversões
Quem vai saber?Filósofos? Sacerdotes?
Cientistas de coisa nenhuma...
Nenhum deles parou para olhar os olhos
Os teus olhos...Janelas fechadas.
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Mesmo quando desponta o sol.
Quando o amanhecer de tuas risadas
Bate às janelas de meu ouvido.
No qual escavo e interpreto minhas desilusões.
Navego em teu olhar
Até descobrir terras maravilhosas,
Povoadas de desejos, sorrisos e medos.
Não é preciso ser poeta, apaixonado
Ou mesmo amante das letras
Para entender o revoar das metáforas
Escritas por um tímido filósofo...
#
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
*O artigo citado foi publicado no jornal The San Diego Union Tribune (18/06/08).
domingo, 27 de julho de 2008
Por Plínio de Arruda SampaioUma luz vermelha se acendeu em todos os setores democráticos com a publicação da ata de uma reunião do Conselho Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul, dedicada à análise da situação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).O motivo do alerta são as propostas aprovadas unanimemente pelos conselheiros: a primeira foi designar uma equipe de promotores para promover ação civil pública visando a dissolução do MST e a declará-lo ilegal.A essa medida draconiana seguem-se outras: suspender deslocamentos em massa de trabalhadores sem terra; impedir a presença de crianças e adolescentes em marchas e acampamentos; investigar acampados e dirigentes do movimento por crime organizado e uso de verbas públicas; verificar ocorrência de desequilíbrio eleitoral nos locais de acampamentos e assentamentos, promovendo, em caso positivo, o cancelamento dos eleitores; intervir em três escolas mantidas pelo MST; verificar se há paridade entre assentamentos e empresas rurais na avaliação do Incra a respeito do cumprimento da função social da propriedade e da produtividade dos imóveis; desativar acampamentos próximos à fazenda Coqueiros.
A simples leitura dessa "Blitzkrieg" de medidas inibidoras da ação dos sem terra deixa perplexos os que se habituaram a ver no Ministério Público uma instituição formada por profissionais do mais alto nível, pois, além de evidentes inconstitucionalidades, o texto está vazado em linguagem imprecisa e, em alguns casos, evidentemente emprestada dos manifestos das organizações ruralistas mais reacionárias.Isso ocorre no momento em que os cultores do Estado democrático de Direito estão preocupados com o ciclo de restrição das garantias e liberdades individuais e coletivas que surgiu com a desvairada reação norte-americana aos atentados do 11 de Setembro. Essa onda reacionária, que já se manifestou igualmente na França, na Itália e em outros países, parece estar chegando ao Brasil e precisa ser energicamente repelida.Não será difícil para os advogados do MST barrar na esfera judicial as medidas propostas na infeliz reunião do Ministério Publico gaúcho. Por isso, não há necessidade de refutá-las uma a uma. O que, sim, demanda consideração pelas pessoas de formação democrática é o grave dano que a injustificada atitude de um braço estadual causa ao Ministério Público de todo o país.Os constituintes de 1988, com plena consciência do passo que estavam dando, talharam de forma inovadora o capítulo do Ministério Público na Constituição Federal. Tratava-se de dotar o Estado brasileiro de uma instituição com poderes adequados à fiscalização e à promoção do cumprimento da lei.Por isso, além das tradicionais atribuições relativas à perseguição criminal, o Ministério Público adquiriu poder para, na defesa de interesses coletivos ou difusos, acionar a Justiça contra pessoas jurídicas de direito privado, órgãos da administração pública e até Poderes do Estado.
A magnitude desse avanço na concepção do Estado democrático de Direito pode ser medida pela confiança que as organizações populares, as igrejas, os sindicatos, os partidos e os grupos de cidadãos, em todos os cantos do país, passaram a depositar nos promotores de Justiça.Esse conceito tem um preço: imparcialidade, coragem, sintonia total com o texto e o espírito da Constituição. Explicam-se, pois, as manifestações de perplexidade e de indignação de entidades da sociedade civil e, inclusive, de associações de promotores de Justiça de várias partes do país diante do tom raivoso e sectário do Ministério Público gaúcho.A proposta de jogar o MST na ilegalidade é insensata e revela crasso desconhecimento do papel que esse movimento desempenha no grave conflito agrário do país. Como a burguesia brasileira imagina que possa sobreviver uma população de milhões de pessoas sem terra para produzir o seu sustento, sem emprego no campo, sem emprego na cidade e sem reforma agrária?Ao organizar a pressão dessa população, o MST lhes oferece a esperança que mantém a disputa dentro de parâmetros compatíveis com a vida democrática.
Exagerar a gravidade dos atos de desobediência civil que o movimento promove para sensibilizar a opinião pública é estratégia dos grandes proprietários. Não tem o menor cabimento que um órgão do Estado a encampe.As pessoas que têm elevada consideração pelo Ministério Público esperam uma reação enérgica dos membros da corporação contra o que constitui, sob qualquer ângulo de análise, uma deturpação das atribuições que a Constituição conferiu à instituição.
*Plinio de Arruda Sampaio, de 78 anos, é advogado, presidente da Abra (Associação Brasileira de Reforma Agrária) e diretor do "Correio da Cidadania". Foi deputado federal pelo PT-SP (1985-91) e consultor da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação). (Artigo pubicado na Folha de S.Paulo)
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Globalização: Perversidade e Fábula III
"Conselho ao intelectual: Não deixes que te representem. A fungibilidade das obras e das pessoas e a crença daí derivada de que todos têm de poder fazer tudo revelam-se no seio do estado vigente como grilhões. O ideal igualitário da representatividade é uma fraude, se não for sustentado pelo princípio da revogabilidade e da responsabilidade do rank and file. O mais poderoso é justamente o que menos faz, o que mais se pode encarregar daquele a que se dedica e sua vantagem arrecada." (Theodor Adorno "Minima Moralia")
Qual o papel dos estudantes acadêmicos nessa Globalização? Qual será o nosso papel na transformação ou até na criação dessa fábula? Na dissimulação dessa perversidade? Somos cúmplices ou contrários ao processos que nos cercam e que já foram enunciados anteriormente. Não existe "muro" para que os "intelectuais" fiquem acima das questões terrenas, muito menos, um "mundo das idéias", perfeito e inacessível. Todos as ciencias, todo o conhecimento é contornado e delimitado através de matrizes políticas. Ou "trocando em miúdos", através de escolhas que fazemos ou através de "não-escolhas". Por que certos trabalhos são relevantes à academia e outros não?
Milton Santos coloca que o Brasil cada vez mais forma letrados e não intelectuais, entenda-se intelectuais como aqueles comprometidos com a procura pela verdade e não pelo mercado, aqueles que tentam criticar a economia, a história (ou o seu fim), a química, a arqueologia, a física e a sociedade imposta. São intelectuais engajados, tem responsabilidade política e social, são formadores e não ferramentas, e principalmente, pensam no destino e no fim que suas pesquisas tem. Os letrados, são aqueles que seguem suas teorias ao sabor do mercado, como lojas, são também protegidos dos buro-professores (termo cunhado por Milton) e tem sobretudo apoio das instituições privadas em suas pesquisas. São técnicos por demais, apolíticos por demais, alienados (por mais que este termo seja utilizado em outros contextos) por demais e desengajados por demais. Em suma, não se importam se sua pesuisa vai ser utilizada por uma grande corporação e vendida ao restante da população ou se vai ser distribuída gratuitamente.
Nossas universidades cada vez formam técnicos, formam letrados, e não intelectuais críticos com sua ciência e com sua metodologia, ou seja são "torres de marfim" onde os alunos não vêem uma conexão entre seu objeto de estudo e a realidade que está a sua volta. Sua capacidade de crítica e autonomia é reduzida e relativa. Como já foi colocado aqui, o mito da competitividade e da "guerra-total" na sociedade aqui também foram incubados sendo as intrigas entre os letrados frequentes mostrando o quanto nossas instituições são podres e decadentes. O conhecimento é a última preocupação em nossa torre de marfim.
A ausencia de intelectuais no Brasil é atestada pela nossa apatia e apoliticidade, a política existe em toda sociedade e na ciência que é o estudo dela não é diferente, temos que mostrar que a política está presente em tudo e elevar a população a um grau maior de participação na nossa pretensa "democracia", um conceito vazio e anacrônico, que assim como a liberdade ou a cidadania são elevados a uma categoria de "Santa de altar" nas palavras de José Saramago, e que na verdade são conceitos que não existem mais.
"Entre o conhecimento e o poder existe não só a relação de servilismo, mas também de verdade. Muitos conhecimentos, embora formalmente verdadeiros, são nulos fora de toda a proporção com a repartição de poderes. Quando o médico expatriado diz- "Para mim, Adolf Hitler é um caso patológico" - o resultado clínico acabará talvez por confirmar o seu juízo, mas a desproporção deste com a desgraça objectiva que, em nome do paranóico, se espalha pelo mundo faz de tal diagnóstico, com que se incha o diagnosticador, algo ridículo. Talvez Hitler seja "em si" um caso patológico, mas certamente não "para ele". A vaidade e a pobreza de muitas manifestações do exílio contra o fascismo ligam-se a este facto. Os que expressam os seus pensamentos na forma de juízo livre, distanciado e desinteressado são os que não foram capazes de assumir nessa forma a experiência da violência, o que torna inútil tal pensamento. O problema, quase insolúvel, consiste aqui em não se deixar imbecilizar nem pelo poder dos outros nem pela impotência própria." (Theodore Adorno, in "Minima Moralia")
Portanto as relações de poder existem em todos os lugares, não somos inocentes, todos somos ou cúmplices ou contrários. Dessa forma os alunos devem tomar consciência do seu engajamento político-científico, mesmo quando não é buscado. Para que todos nos tornemos intelectuais. Por quê, afinal, viver é tomar partido.
Abraços a todos!
Um outro mundo é possível.
sábado, 21 de junho de 2008
Globalização: Perversidade e Fábula parte II
Condor que transformara-se em abutre,
Ave da escravidão,
Ela juntou-se ás mais... irmã traidora
Qual de Josè os vis irmãos outrora
Venderam seu irmão."
(Castro Alves, Vozes d'África)
Dessa forma o Globaritarismo e o Neo-liberalismo nada mais são do que ferramentas, novas Cias das Indias Orientais e Ocidentais, de exploração dos Países Ricos, que só são ricos por que retiraram e continuam retirando com a nossa conivência as riquezas dos nossos países. ou então como o poema de Castro Alves enuncia, nós fazemos o trabalho sujo para que os países ricos não manchem suas economias com o sangue e o suor que jorram dos porões do terceiro mundo. Latino-americanos escravizam os negros, indígenas e todas as outras minorias oprimidas no nosso e em todos os continentes. Como dizia Paulo Freire em sua Pedagogia do oprimido, a genuína revolução não se faz atacando e derrubando as classes dominantes, existe uma relação íntima do dominado com seu opressor, existe dentro do domindado um opressor pronto para atacar o mais fraco, a verdadeira revolução liberta todos, não exclui ninguém, não é imposta, mas é vivida. É uma revolução da Libertação e do Diálogo.
Termino a reflexão com um frase que é cômica, mas que no fundo tem muita verdade...
"É urgente que o país explore suas riquzas, por que a pobreza não aguenta mais ser explorada"
(Não me recordo o autor)
Abraços a todos! Continuaremos discutindo, debatendo e lutando sempre...
Um outro mundo é possível!
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Globalização: Perversidade e Fábula parte II
Condor que transformara-se em abutre,
Ave da escravidão,
Ela juntou-se ás mais... irmã traidora
Qual de Josè os vis irmãos outrora
Venderam seu irmão."
(Castro Alves, Vozes d'África)
Dessa forma o Globaritarismo e o Neo-liberalismo nada mais são do que ferramentas, novas Cias das Indias Orientais e Ocidentais, de exploração dos Países Ricos, que só são ricos por que retiraram e continuam retirando com a nossa conivência as riquezas dos nossos países. ou então como o poema de Castro Alves enuncia, nós fazemos o trabalho sujo para que os países ricos não manchem suas economias com o sangue e o suor que jorram dos porões do terceiro mundo. Latino-americanos escravizam os negros, indígenas e todas as outras minorias oprimidas no nosso e em todos os continentes. Como dizia Paulo Freire em sua Pedagogia do oprimido, a genuína revolução não se faz atacando e derrubando as classes dominantes, existe uma relação íntima do dominado com seu opressor, existe dentro do domindado um opressor pronto para atacar o mais fraco, a verdadeira revolução liberta todos, não exclui ninguém, não é imposta, mas é vivida. É uma revolução da Libertação e do Diálogo.
Termino a reflexão com um frase que é cômica, mas que no fundo tem muita verdade...
"É urgente que o país explore suas riquzas, por que a pobreza não aguenta mais ser explorada"
(Não me recordo o autor)
Abraços a todos! Continuaremos discutindo, debatendo e lutando sempre...
Um outro mundo é possível!
sexta-feira, 13 de junho de 2008
"Globalização: Perversidade e Fábula" (Milton Santos)
Me lembro de ter que escrever sobre ela na minha 7ª série, minha professora não havia explicado tão bem, portanto meu conceito era infantil e equivocado. Minha resposta não foi aceita, e eu fiquei de recuparação em Geografia. Bom, depois no ensino médio também não me foi apresentada essa tal de Globalização, na qual eu já estava inserido desde de nascido, mas que ignorava como todas aquelas leis da físico-química-matemática.
O mais triste é que ela não me era apresentada como uma coisa ruim, como uma forma especializada de exploração através da técnica e do capital. Era como tantos outros conceitos demostrados nas ciências humanas: uma abstração, uma entidade acima de todos nós e nunca apalpável. Dessa forma castravam toda e qualquer forma de pensamento crítico de minha mente e de todas as possíveis mentes de meus colegas.
Milton Santos nos demostra que existem três mundos dentro do nosso planetinha, o mundo que nos fazem ver (Globalização como fábula), o mundo como é (Globalização como perversidade) e o mundo como pode ser (uma outra Globalização). Bom, muitos de nós vão nascer, crescer e morrer vendo apenas a fábula (o grande espetáculo da Globalização) e acreditar que vivemos em um mundo unificado, em uma autêntica aldeia global. Essas pessoas são levadas a acreditar nessa fantasia pelos meios de comunicação, pois, diferentemente, de uma "aldeia comum" as informações não chegam do nosso vizinho, mas vem de muito longe. Passam no meio do caminho por redações, edições e programações, ficando "pasteurizadas" por assim dizer (são eliminadas todas as formas de crítica à perversidade da Globalização). Lênin colocou o Imperialismo como fase-superior do capitalismo, e podemos admitir, conjuntamente, que a Globalização é filha predileta do Imperialismo, visto que ela não ameniza as diferenças regionas geradas pelo Imperialismo dos séculos XIX e XX e as dissimula, levando as populações pobres do terceiro mundo (por mais que me digam que este termo é antiquado depois da queda do socialismo real eu penso que seja o termo mais correto para se aplicar aos países sub-desenvolvidos) a acreditar que estão inseridas na fábula do mundo "desenvolvido".
A classe dos remediados e a classe alta nos países pobres ficam maravilhadas e entorpecidas pela fantasia de apreender as migalhas das sociedades "evoluídas", como Marx havia dito: "A religião é o ópio do povo", reformulando-se essa denúncia, no alvorecer do século XXI, "os Meios de Comunicação Social acabam por tranformar-se em ópio do povo".
Na proxima postagem continuaremos discutindo a Globalização e os problemas por ela gerados e mascarados.
Abraços a todos! Um outro mundo é possível!
quinta-feira, 22 de maio de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Em face aos acontecimentos deste semana... E aos trabalhos da faculdade que me consomem... ^^
Vou colocar este texto extraído de uma comunidade do Orkut...
"CARTA DA RAPOSA SERRA DO SOL
A LUTA CONTINUA ATÉ O ÚLTIMO ÍNDIO!
Nós, comunidades indígenas da Raposa Serra do Sol-RR, diante da suspensão da Operação Upatakon 3, por determinação do Supremo Tribunal Federal, a pedido do governo do Estado de Roraima, manifestamos:
Há mais de trinta anos sofremos com num doloroso processo de reconquista das nossas terras, que acreditávamos seria concretizado pelo Estado Brasileiro, em cumprimento à Constituição Federal, aos direitos humanos dos povos indígenas e ao decreto de homologação do Presidente da República.
Chega de sofrimento, já esperamos demais! Tivemos calma, muita paciência e confiança nas autoridades, mas agora basta! Independente das autoridades, podemos decidir sobre o nosso futuro e tomar providências, com a união do nosso povo, na desintrusão dos invasores de nossa terra.
Onde estão as autoridades? Os homens da Lei? Pontes foram queimadas, pessoas agredidas, bombas fabricadas aos olhos das autoridades, tratores 'cortaram' estradas aos olhos dos canais de televisão, até carro-bomba foi usado contra a Polícia e quase nada foi feito até agora.
Cacique Xicão Xukuru
Muitas vezes fizemos o papel das autoridades pedindo paciência aos nossos irmãos. Nós acreditamos no governo, mas a lentidão das autoridades federais, permitiu que os inimigos dos nossos direitos se manifestassem violentamente e conseguissem inverter a situação, sacrificando nós, povos indígenas.
Não aceitamos que as autoridades tenham esperado três anos e tenham permitido todo o terrorismo dos últimos onze dias na Raposa Serra do Sol até que o Supremo pudesse mandar suspender a Operação. Repudiamos a atitude do governo estadual que prefere sacas de arroz em detrimento da vida de 18.992 índios.
Definitivamente chega! A Luta continua até o último índio!."
Não vou comentar nada, pois o manifesto dos índios de roraima grita por si só! Cabe ao povo brasileiro apoiar nossos irmãos nativos, que são, na realidade, os verdadeiros e autenticos brasileiros.
Deixarei as minhas críticas e considerações ao próximo post.
"Essa terra tem dono!"
(Sepé Tiaraju, às tropas ibéricas na Guerra-guaranítica)
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Não estou acostumado a fazer monólogos, portanto não sei exatamente o que colocar aqui. Mas eu pego prática. ^^
Bom, hoje foi 1º de maio, dia do Trabalhador...
O mês de maio tem uma carga histórica bem grande... Principalmente se o ano em questão terminar com o dígito 8...
A data, escolhida pela II Internacional Socialista, representa a vitória dos operários frente as condições injustas que lhes eram impostas pela burguesia(Será que pensamos no que era dito, na real situação da época e no que foi conquistado?). Da mesma forma, ela também é marcada pelos protestos de estudantes da década de 60 ocorridos no Brasil contra o regime opressor instaurado aqui e na França onde os alunos buscavam uma maior liberdade de expressão dentro da academia. Muitas pessoas desconhecem os protestos ocorridos no Brasil, e não em admira de pessoas ditas "intelectuais Acadêmicas" pensem que o "povão Brasileiro" é acomodado, é festeiro. A nossa história está recheada de revoluções e de protestos desse povo, só que não nos são passados, por preconceitos intelectuais e históricos que nós, professores e pesquisadores de história, insistimos em reproduzir.
As datas comemorativas não simplesmente para serem lembradas ou para se aproveitar o tempo livre de um feriado. Elas são para se refletir os eventos passados e pensar no sentido que damos ao presente.
De fato, Aldous Huxley nunca esteve tão certo: "A maior lição que a História nos ensina é o fato dos homens jamais aprenderem as lições da História".