Escondido ele pensa,
Um outro mundo, uma outra vida.
Esmagado pelas burocracias,
Perdido e sozinho na caverna...
Seus amigos morreram,
E agora são eternos
Nas páginas amassadas
Que apressadamente devora.
Sua fome é insaciável,
Mas, bem menor que a do mundo.
Boca enorme, engolindo as oferendas,
Pessoas, sonhos, esperanças, ideias, ideais...
Tem medo do povo,
Tem horror a sua cultura.
São parceiros desconhecidos,
São amigos ocultos.
Pouco sabe o escondido,
Que só se libertará
Se a mão do pobre
Ele segurar...