quinta-feira, 16 de outubro de 2008

16 de outubro

Gritam as estátuas
E chora o chafariz.
Por quê?
Talvez a violência...
Talvez o descaso...

Seres humanos,
Seres de protestação.
Xadrez de convicções.
N'um tabuleiro santo.
Com benção do Papa.

Podemos bater a vontade.
São seres humanos?
São miseráveis?
São indíos?
São santos?

Não sei se estátuas e chafarizes choram...
Seria por causa do gás lacrimogênio?

Ou por serem as únicas, em meio a essa guerra,
Que apesar do bronze tem corações que amam?

Tristes testemunhas inertes de nossas falhas.

domingo, 5 de outubro de 2008

Estrela Polar


Como um Rio Infinito
São Todas as Impressionantes Alegorias
Na minha Estadia nesse mundo...

E

Milhares de Amores
Tão Estúpidos, quanto Úteis
Solaparam minha vidinha sem sentido.

E entre todas as coisas nesse fluxo confuso e sem fim estás tu...
Estrela polar.
Fixa, distante, guiando-me.
Não suma atrás dessa nuvem de ocupações.
Não fuja para o mar gelado do norte.

Fiques aqui para serdes adorada,
Fiques aqui para iluminar minha longa noite...

sábado, 4 de outubro de 2008

Na parada de ônibus...

Um violão cantava lamúrias
Com castelhano inconfundível.
O carro buzinava algo
Em um alemão raivoso.

Júlio de Castilhos me dava conselhos
Em um latim solene.
As bolsas fofocavamm alto
Em um inglês escandaloso...

E que dizer da medalhas que cantam
Em um chinês confuso?
E até thánatos me saúda
Com um grego sombrio.

O dia teria sido perfeito!
Teria...
Faltaram teus beijos me sussurrando promessas
Em um francês sensual...